A componete continua da corrente de falta faz uma exigência muito grande em cima dos TC´s. A titulo de exemplo para uma corrente de falta de 20xIN o núcleo do TC deve ser projetado para permitir um fluxo devido a componente AC de cerca de 20 vezes o valor para a corrente nominal do TC.
Já a corrente de falta contendo uma componente continua, com uma constante de tempo definida pelo X/R do circuito em falta (exemplo = 20) pode exigir do TC um sobre dimensionamento de (X/R ) vezes a exigência do fluxo AC, ou seja, enquanto o dimensionamento para o fluxo AC é de 20x, devido a corrente nominal IN, a exigência para o fluxo DC atinge 20 vezes o do fluxo AC, ou seja, 400 vezes o necessário para a corrente nominal.
A partir desses números pode-se concluir a importância de considerar o sobre dimensionamento dos TC levando em conta a componente continua. Esses números ilustram como a componente continua afeta a saturação dos TC´s de proteção.
Devido a esses valores elevados, pode-se perceber que se o TC não for devidamente dimensionado ele irá saturar, e ao saturar ele irá produzir distorções na corrente secundária fazendo com que o relé ou opere errado, opere atrasado ou não opere.
A componente continua da corrente de falta é na verdade uma componente exponencial da forma e-t/T, (onde T é a constante de tempo da falta). Como essa corrente exige um fluxo exponencial o esforço em termos de sobre-dimensionamento do núcleo é muito elevado e esse valor significa que deve-se aumentar a área do núcleo pelo fator w T.
Assim se a constante de tempo for de 0,2 segundos tem-se que o fator para sobredimensionamento deve atingir 377x0,2 = 75,4.
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