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Traveling Waves (TW) – Ondas Viajantes https://forum.conprove.com/viewtopic.php?f=15&t=20433 |
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Autor: | michelrdc [ 22 Fev 2022, 12:05 ] |
Assunto do Tópico: | Traveling Waves (TW) – Ondas Viajantes |
Traveling Waves (TW) – Ondas Viajantes As linhas de transmissão são os maiores equipamentos utilizados no sistema de energia. Elas fazem a ligação entre a geração e os grandes centros consumidores. Devido à vasta extensão territorial do Brasil, podem atingir centenas ou milhares de quilômetros e estarem expostas ao tempo. Esses fatores fazem com que possuam, dentre os equipamentos que compõem o sistema, a maior probabilidade de apresentar problemas, sendo os mais comuns: faltas fase-terra, fase-fase, fase-fase-terra ou falta trifásicas. A seguir é apresentado o mapa do sistema de transmissão com horizonte 2024. Anexo: Mapa_ONS.png [ 138.61 KiB | Visualizado 32618 vezes ] O sistema elétrico brasileiro é interligado, o que faz com que seja extremamente importante que o sistema de proteção identifique e elimine qualquer tipo de falta o mais rápido possível. Isso evita a perda de sincronismo e outras situações extremas que podem levar a um black-out. Desta forma, é comum utilizar a função de distância “21” tanto para identificar como localizar faltas em linhas de transmissão, contudo, o estado da arte nesse campo é a utilização de “Ondas Viajantes” ou “Traveling Waves (TW)”. Bibliografias apontam que a principal vantagem do uso de TW frente ao método atual é a maior velocidade na detecção da falha e a melhor exatidão em sua localização, o que impacta diretamente na melhoria dos índices de confiabilidade do sistema, diminuição dos custos operacionais e redução das perdas econômicas. Reflexões de ondas Tensão e corrente são ondas eletromagnéticas e quando encontram uma descontinuidade no meio em que propagam tem parte delas refletida e parte refratada. Desta maneira, uma falha em uma linha de transmissão entre dois terminais irá gerar tensões e correntes refletidas e refratadas que demorarão tempos distintos para se propagar e atingir a esses dois terminais, chamados de terminal local e terminal remoto. Sabendo a distância total entre eles, e com bases nesses tempos, é possível calcular o local exato da falta. Anexo: TW.png [ 349.32 KiB | Visualizado 32618 vezes ] Na figura anterior, temos a representação dos dois terminais, da linha e da falta. No gráfico, a tensão e a fórmula para o cálculo da corrente. Já no diagrama de Bewley-Lattice temos a representação das reflexões da onda entre os terminais, sendo: tl1 = tempo de propagação do ponto da falta até a reflexão no terminal local; tr1 = tempo de propagação do ponto de falta até a reflexão no terminal remoto; L = distância total entro os dois terminais; M = distância entre o terminal local e a falta; L – M = distância entre a falta e o terminal remoto. V = velocidade propagação da onda na linha. Identificação da Forma de Onda Para identificar TW é necessário um conversor analógico digital que possua uma taxa de amostragem maior ou igual a 1MHz. Após a aquisição do sinal, o próximo passo é filtrar e derivar ele, o que depende muito da metodologia de cada fabricante. Por fim, é utilizado o valor de pico do sinal resultante para identificar o local da falta. A figura a seguir mostra esses passos. Anexo: Id_TW.png [ 315.97 KiB | Visualizado 32618 vezes ] Abordagem de testes 1- Forma de onda REAL = Utiliza simuladores para gerar a forma de onda, então é necessário modelar o sistema em análise inicialmente. 2- Forma de onda Artificial = Utiliza geradores de pulsos. Anexo: formas_TW.png [ 175.66 KiB | Visualizado 32618 vezes ] Será que existe uma solução que utiliza a vantagem de cada método? A resposta é SIM! A CONPROVE desenvolveu o seguinte equipamento: CE-TW1 Anexo: CE-TW1.png [ 660.51 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Para maiores detalhes acesse: https://conprove.com/produto/12-1-ce-tw1-traveling-waves/ Metodologia Fazendo uso do teorema da superposição, inicialmente calcula-se o sinal através do software PS Simul para em seguida utilizar uma associação entre as malas de testes, que geram a forma de onda em kHz, e o CE-TW1, que gera em MHz. O sinal resultante dessa associação é aplicado no dispositivo testado. Anexo: Metodologia.png [ 185.86 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Oscilografia Abaixo verifica-se a fidelidade entre o sinal calculado com aquele medido no osciloscópio. Anexo: Oscilografia.png [ 309.83 KiB | Visualizado 32617 vezes ] COMTRADE Utilizando o software PS SIMUL + CE-TW1 é possível: 1- Importar o arquivo e fazer uma analise do local da falta através do diagrama de Bewley-Lattice Anexo: Diagrama_BL.png [ 680.23 KiB | Visualizado 32617 vezes ] 2- Importar o arquivo de um registrador de perturbação e reproduzir os sinais analógicos secundários de falta. 3- Exportar o arquivo e fazer uma reprodução (playback do próprio IED). Para maiores informações sobre o PS SIMUL ou baixar uma versão free, acesse o seguinte link: https://conprove.com/produto/08-ps-simul-software-para-modelagem-do-sistema-de-potencia-e-simulacao-de-transitorios-eletromagneticos/ Exemplo de aplicação O objetivo deste ensaio é comparar o TW com a metodologia de impedância. Sistema modelado Anexo: Sistema_Modelado.png [ 418.79 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Facilidades no ensaio Uma possibilidade que as malas da CONPROVE permitem é a geração remota. Anexo: Geração_Remota.png [ 272.87 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Esquemático do Teste Dois relés SEL 411L - interligados por fibra óptica. Mala de Teste CE-7012 – Possui 6 canais de tensão e 6 canais de corrente. Dois CE-TW1 - responsáveis pelos sinais em MHz. CE-GPS – Responsável pelo sincronismo temporal através de IRIG-B. Anexo: Esquemático.png [ 634.27 KiB | Visualizado 32617 vezes ] BANCADA Foto real do sistema utilizado. Anexo: Foto_Real.png [ 955.07 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Estudo de Caso Foi feita uma falta trifásica a 15% da linha, o que equivale a 15km. Em seguida, verifica-se o resultado utilizando o método de impedância e através das TW’s. Anexo: Estudo de caso.png [ 78.55 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Formas de onda da subestação 1 O primeiro gráfico apresenta as formas de onda, o segundo apresenta um zoom das TW’s. Anexo: S1_TW.png [ 523.32 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Formas de onda da subestação 2 O primeiro gráfico apresenta as formas de onda, o segundo apresenta um zoom das TW’s. Anexo: S2_TW.png [ 472.66 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Analise do Diagrama de Bewley-Lattice O valor teórico é de exatamente 15 km, conforme destacado abaixo. Anexo: Diagrama_BL.png [ 680.23 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Localização de Falta no SEL 411 Verifica-se que através de TW o valor encontrado foi de 14,96km com um erro de 40m. Já através do método de impedância temos 14,89km com um erro de 110m. Esse resultado mostra a superioridade do método usando TW. Anexo: IED.png [ 212.05 KiB | Visualizado 32617 vezes ] A seguir o diagrama Bewley-Lattice do próprio SEL411L mostrando o local da falta em 14,96Km. Anexo: IED_Diagrama.png [ 436.92 KiB | Visualizado 32617 vezes ] Esse artigo está resumido, caso queira mais informações acesse: https://www.youtube.com/watch?v=k2So2dyQo5Y&list=PLHE5_FbjE6c2VqMhMTC1EVMWQXi18EmPS&index=6&ab_channel=Conprove Att Eng° Michel |
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